12 março 2006

fio dental


As mulheres mais ousadas (e de mau gosto) gostam de frequentar a praia de fio dental. Hoje me peguei pensando no nome desse modelo de maiô tão célebre nas areias de Ipanema e Copacabana. Será que se chama fio dental porque desaparece entre as nádegas da mulher da mesma maneira como o utensílio de higiene bucal que lhe deu nome desaparece por entre os dentes?
Minha resposta é não. A origem do termo em questão está diretamente relacionada ao asseio. Tive o insight hoje, enquanto passava fio dental. Há uma semana, mais ou menos, não o fazia (na verdade, um mês e meio - todo mundo mente pro dentista a esse respeito). O lado bom é que a imundície estimula a criatividade.
Encaminhava-me para o terceiro par de dentes quando notei a presença de um leve odor de peido no banheiro. Achei aquilo curioso pois não havia soltado um traque nem esquecido de dar a descarga. Apurei o olfato e, para minha surpresa, descobri que a lofa intestinal subia de dentro da minha própria boca. O fio dental exalava o mesmo vapor cadavérico de enxofre. Era como se eu tivesse comido espetinho de cocô na hora do almoço.
Como não sou o único no mundo que fala merda e tem preguiça de passar fio dental, sei que muitos leitores já se estarreceram com o fato de possuírem dois ânus (falando nele, qual é o plural de ânus? Anís?). Pois então, acompanhem o raciocínio...
O maiô fio dental recebeu esse nome só porque se molda rente ao fiofó das minas e, eventualmente, incorpora o cheiro característico dessa região. Claro está que o fio dental foi uma invenção das fêmeas da classe média carioca.

11 Comments:

Anonymous Anônimo said...

E a classe média, fica uma semana em Buenos Aires no carnaval ? Ou isso é coisa só pra classe nobre ?

3:51 PM  
Anonymous Anônimo said...

Volta para as histórias, os contos e tudo mais. Chega de relexões. Queremos saber das peniscopias, histórias da BR, lesmas na salada, histórias do Danilo e afins.

4:30 PM  
Blogger José Ninguém said...

A classe média passa a semana de carnaval em "balneários", tipo Camburiú.

Vou pensar num caso... Vocês querem mais é saber do Bunda se fodendo.

6:26 PM  
Anonymous Anônimo said...

não bunda. não queremos. essa reflexão foi boa até. humorzinho barato e chulo, mas uma frase me chamou a atenção e não consigo tirá-la da minha cabeça: "O lado bom é que a imundície estimula a criatividade". sublime!

1:19 AM  
Anonymous Anônimo said...

E vc já cheirou aquela melequinha que fica embaixo da unha? Parece suco de caju.

4:02 PM  
Anonymous Anônimo said...

Meu umbigo fede. Meu umbigo é pra dentro, razoavelmente fundo e não me lembro de lavar nunca. Às vezes enfio o dedo e percebo que está fedido. Mas é aquele fedor gostoso, que você tem vontade de enfiar o dedo e sentir de novo. Quando eu era criança, tive uma fase, lá pelos 5 anos, em que tinha a mesma obsessão, só que não era pelo cheiro do umbigo, mas sim do cu.

7:54 PM  
Anonymous Anônimo said...

Um mês e meio o caralho. Sem hipocrisia, aqui ninguém é dentista (e se for, enfie o dedo no cu e cheire pois aqui não é seu consultório); fazia uns seis meses que vc não tirava o exu da boca.

10:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

hahaha... espetinho de cocô... hahaha... é, sem dúvida, o ponto alto do texto.

10:02 AM  
Anonymous Anônimo said...

hahaha... me divirto com esses comentários. Pena que o Waldemar Neves não tem culhões para deixar as pessoas comentarem os textos no blog dele.

1:09 PM  
Anonymous Anônimo said...

Texto ruim. Escatologia é o tipo de humor favorito da classe média. Basta ver o sucesso que fez. Não se pode ficar indiferente ao nojento, esse tapa nos sentidos. O escatológico é engraçado por si só aos olhos de quem não consegue pensar. É como dar um tabefe na cabeça de um anão negro. Quem fica indiferente diante do rídiculo da situação. Se você não acha desumano, solte o diafragma e ria com vontade! O Bunda rendeu-se ao caminho mais fácil e tornou-se o "Pânico na Internet". Uma pena.

Para não dizer que não quero contribuir, sugiro dois temas que acho antropologicamente fascinantes.

1)Tatuagens. Existe algo mais ironicamente próximo a um rótulo do que uma tatuagem? E é quase invariável que essa etiqueta queira dizer "este indivíduo é um pobre coitado". Não é? Queria saber suas impressões sobre esse fenômeno meio carcerário, meio colegial e completamente cafona.

2)Bairrismo. Mas bairrismo "stricto sensu", a ver com os bairros. Lembro-me sempre de um diálogo que tive com uma amiga querida, da Zona Norte. Desancávamos uma terceira pessoa, também ZN.

- A "Roxanne" é sem naipe e, como se não bastasse, é metida, se acha. - eu dizia.

- Ha! Típica de Santana! Eles são assim. Acham que são melhores que os outros. Precisa ver lá na academia como eles tratam a gente. - vaticinou minha amiga, orgulhosa moradora da vizinha Casa Verde.

Fiquei mudo diante do surrealismo do nosso diálogo. Lá estava a origem do patriotismo da classe-média. Já reparou como as camadas médias são nacionalistas? Odeiam o Bush, acham os franceses fedidos, choram nos jogos da Copa. Eis um terceiro campo para debate: o chauvinismo dos mérdios, esses homenzinhos deprezíveis e, não obstante, fantásticos.

1:49 PM  
Anonymous Anônimo said...

Uma comparação assim meio que nada com nada... Mas gostei da idéia..
Boa bunda

6:52 PM  

Postar um comentário

<< Home