A Turma do Bunda e o amiguinho Lajotão
Apesar de ser um Bunda, tenho alguns amigos nessa encarnação. O Lajotão, meu amigo sangue azul, colega de colégio, de boteco e de sul da Bahia, possui histórias de vida tão pitorescas quanto as minhas.
A personalidade de Lajotão não é assim... fácil. Lajotão gosta de treta. Talvez porque seja um sujeito objetivo – as pessoas objetivas não têm papas na língua e, talvez por isso, são mais propensas à confusão. Ou talvez porque seja adevogado e, portanto, dono da verdade. Pugilista por natureza, outros adjetivos já usados para o descrever são “bruto”, “simplão”, “enfezado” e “cabeça de jaca”.
No futebol, por exemplo, Lajotão joga de quarto zagueiro. Tem a classe e a elegância dos craques cujo orgulho supera a habilidade. Dribla os adversários com graça, agilidade e rapidez – na base do chutão e da correria, principalmente pelas laterais – e não perde a bola sem oferecer bons combates (e cotoveladas desleais).
Sua técnica nos gramados é coroada pelo seu espírito de liderança. Se o seu time está atrás no marcador, Lajotão assume a função de juiz e vira o jogo no grito. Quando a situação é realmente grave e a diferença no placar é de 4 ou mais gols, ele também se dispõe a ser técnico da sua equipe e levantar a moral dos companheiros com palavras de ordem incentivadoras como, “a puta que te pariu, Bunda, ou você corre atrás da bola ou sai do jogo e vai dar o cu”.
Lajotão é ruim de diplomacia que só vendo. Uma vez, quase perdeu a cabeça e saiu na mão com uma garota porque esta se recusou a sair da casa que ele e sua turma haviam alugado em Olinda, durante as férias de janeiro do terceiro colegial.
A confusão toda começou porque Lajotão insistia que ela teria que pagar 10 Reais se quisesse ficar ali. A menina protestava dizendo que o preço era extorsivo e injusto já que dormir na casa significava, na verdade, acampar no jardim em meio aos gansos e às fezes destas aves, as quais a dona do imóvel, uma hippie viciada em maconha e axé, criava às dúzias.
O bate-boca foi gradualmente esquentando, e a grosseria, a ironia dos bárbaros, por fim contaminou o raciocínio de Lajotão. Ele mandou às favas aquela negociata improdutiva e fatigante sentenciando, “some daqui, gorda”. A menina enterrou o indicador no seu peito aos gritos de “seu escroto!”. A resposta de Lajotão foi sumária: deu-lhe um empurrão que quase a fez rachar o cóccix na calçada – já que não era tão cadeiruda quanto seu agressor – e trancou o portão debaixo dos seus urros histéricos.
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A personalidade de Lajotão não é assim... fácil. Lajotão gosta de treta. Talvez porque seja um sujeito objetivo – as pessoas objetivas não têm papas na língua e, talvez por isso, são mais propensas à confusão. Ou talvez porque seja adevogado e, portanto, dono da verdade. Pugilista por natureza, outros adjetivos já usados para o descrever são “bruto”, “simplão”, “enfezado” e “cabeça de jaca”.
No futebol, por exemplo, Lajotão joga de quarto zagueiro. Tem a classe e a elegância dos craques cujo orgulho supera a habilidade. Dribla os adversários com graça, agilidade e rapidez – na base do chutão e da correria, principalmente pelas laterais – e não perde a bola sem oferecer bons combates (e cotoveladas desleais).
Sua técnica nos gramados é coroada pelo seu espírito de liderança. Se o seu time está atrás no marcador, Lajotão assume a função de juiz e vira o jogo no grito. Quando a situação é realmente grave e a diferença no placar é de 4 ou mais gols, ele também se dispõe a ser técnico da sua equipe e levantar a moral dos companheiros com palavras de ordem incentivadoras como, “a puta que te pariu, Bunda, ou você corre atrás da bola ou sai do jogo e vai dar o cu”.
Lajotão é ruim de diplomacia que só vendo. Uma vez, quase perdeu a cabeça e saiu na mão com uma garota porque esta se recusou a sair da casa que ele e sua turma haviam alugado em Olinda, durante as férias de janeiro do terceiro colegial.
A confusão toda começou porque Lajotão insistia que ela teria que pagar 10 Reais se quisesse ficar ali. A menina protestava dizendo que o preço era extorsivo e injusto já que dormir na casa significava, na verdade, acampar no jardim em meio aos gansos e às fezes destas aves, as quais a dona do imóvel, uma hippie viciada em maconha e axé, criava às dúzias.
O bate-boca foi gradualmente esquentando, e a grosseria, a ironia dos bárbaros, por fim contaminou o raciocínio de Lajotão. Ele mandou às favas aquela negociata improdutiva e fatigante sentenciando, “some daqui, gorda”. A menina enterrou o indicador no seu peito aos gritos de “seu escroto!”. A resposta de Lajotão foi sumária: deu-lhe um empurrão que quase a fez rachar o cóccix na calçada – já que não era tão cadeiruda quanto seu agressor – e trancou o portão debaixo dos seus urros histéricos.
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Mas me sentei para escrever sobre outro episódio, o qual retomarei em breve...
(na foto da Caras, Lajotão à esquerda do Bunda)
23 Comments:
Ok, Ok. Fui o primeiro a ser espinafrado...Acho que ninguém tem mais rótulos e apelidos do que eu.
A história ia ser outra Bunda, carái! Essa aí cê errou nos detalhes!
Iraaaaaaado!!!! O Bunda tomou coragem e resolveu dar cara aos bois. Ou aos porcos. Ainda bem que escolheu uma história sussa, senão tava fodido.
calma amaury... daqui a pouco aparece uma sua. sossega.
O próximo a ser desmascarado é você, Amaury.
Que gatos!
xiiii, agora isso aqui vai virá búqui? Pelo menos põe umas do seu búqui de ator, pra gente poder esculachar.
Vem que tem, Bunda. Minha vida é uma perna aberta. Mas e essa foto sua de rostinho colado com o Jojota?
Quem vê Bunda num vê coração.
Realmente, um belo post. Conseguiu não se ater simplesmente ao que seria uma piadinha interna e mostrou ao mundo essa peculiar personalidade descrevendo um episódio marcante.
hahaha
só um detalhe, o lajota cobrava aos berros, não R$ 10, mas R$ 50 da garota descontrolada. não é à toa que deu no que deu...
Bonita amizade hem...
Gostei da historia.
Vamos, quero mais comentários. O Bunda podia ter contado uma história mais engraçada, tipo a do Luli Boundim, mas preferiu essa. Ninguém conta que estava cobrando em nome de uma galera, inclusive em nome do anônimo aí de cima!
Em defesa do lajota: a cobrança tinha um porquê. Não digo que tenha sido justa, mas é bom por as cartas na mesa. Dias antes da estadia em Olinda, na mesma viagem, a turma de Lajota, cujo QG não lembro onde era, foi visitar a turma da Arte na praia de Tabatinga-RN. Na turma da arte, inclusive, estava a garota que viria a sair na mão com o Lajota em Olinda. Qual não foi a surpresa de Lajota e sua turma ao serem cobrados para dormir no chão duro da varanda da casa dos amigos, conhecida por ser o lugar com maior quantidade de moscas por metro quadrado do mundo. É bem verdade que a diária era uns dois ou três reais, mas era o preço pago pela turma da arte para dormir na casa alugada tb. Como se pagava 30 (10 o caralho!) para se dormir na casa de Olinda, Lajota, aspirante a adevogado, achou justo cobrar a mesma coisa para se dormir na barraca com as galinhas e com os gansos.
vão se foder vcs todos, defensores do lajota. quanto ele tá pagando pra cada um dar sua versão da história inocentando ele?
lajota nunca foi bonzinho. sempre foi rude e maleducado. que o diga a pati.
o comentário acima não é de nenhum anônimo frouxo. é meu, torbem.
Vi o Bunda na tv ontem, comercial do Banco do Brasil. Seu nome é "Paulo Souza". Mais bunda impossível....
Atualiza o blog, sr. Souza!
Amigos de verdade não perder contato.
http://dudve.blogspot.com/
Bunda, cadê o proximo texto?
Realmente, Paulo Souza é demais. Mas eu preferia Deusdete.
A tristeza é que eu nunca pego a propaganda do início, sempre vejo apenas um flash do Bunda. Mas é a vida.
Sou especialista em lajotas.
Porque o apelido do amigo é Lajotão???
abraço
Cesar Rodhis
Sou especialista em lajotas.
Porque o apelido do amigo é Lajotão???
abraço
Cesar Rodhis
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